Inspirador é o poema "If", de Rudyard Kipling.
A primeira vez que o li foi através do meu pai, passado a ele, por sua vez, pela minha avó paterna.
Tendo em vista que o Natal e o Reveillon fazem com que repensemos nossas ações, nossos anseios e o que pode ser modificado ou mantido, considero oportuno transcrever as palavras do referido autor para vocês como uma mensagem de final de ano.
Desejo a todos os que lêem este blog e suas respectivas famílias um maravilhoso Natal (para quem é cristão) e que o ano de 2.011 seja pleno de felicidades, realizações, mesmo diante dos percalços naturais da vida, com muito amor, paz, harmonia, e que possamos alcançar o equilíbrio em alguns setores de nossas vidas ou por alguns momentos.
Não sei ainda o que dizer de 2.010, se foi um ano bom ou ruim, pois me sinto incapaz de fazer um balanço (tal como fez o Rafael), já que ainda não sei se os fatos ocorridos neste ano foram essenciais para meu crescimento pessoal ou não. Mas espero, sinceramente, que em 2.011 eu tenho muito mais alegrias, me sinta absolutamente segura e que nunca mais acredite que eu não sou merecedora, mesmo quando ao lado de pessoas que apenas queiram nos empurrar para baixo.
Aliás, acho que dá para afirmar duas coisas muito positivas deste ano: a de conhecer inúmeras pessoas queridas através deste blog e a de finalmente entender que ninguém, ninguém mesmo, merece as minhas lágrimas (Obrigada, Rafael!) e que eu me abandone.
Bem, acho que já falei demais. Segue abaixo o poema traduzido.
Um beijo, Karina.
Se
Se és capaz de manter a tua calma quando
Todo o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
E para esses no entanto achar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais, nem pretensioso;
Se és capaz de pensar --sem que a isso só te atires,
De sonhar --sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires
Tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
Em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
E refazê-las com o bem pouco que te reste;
Se és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!";
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
E, entre reis, não perder a naturalidade,
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade,
E se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao minuto fatal todo o valor e brilho,
Tua é a terra com tudo o que existe no mundo
E o que mais --tu serás um homem, ó meu filho!